Boa tarde!
Segue um repasse da reunião da CoC da Física Médica de Outubro de 2023.
A reunião foi longa e houve bastante discussão em torno de um relatório que foi feito pela Pró-reitoria de Graduação sobre o “desempenho” dos cursos do IF.
O relatório é bem ruim, é só uma sequência de gráficos sem nenhuma explicação, então a interpretação é livre. Não dá pra saber o que a PRG está pensando a respeito, o que é preocupante.
Aparentemente, existe uma noção de que os cursos da USP têm “créditos demais”, e que eles precisam ser “enxugados” (só pra constar, quem enxuga curso e faz só o mínimo é universidade privada). É o contrário do que deveria ser a vocação da USP, de formação de excelência.
Dentro da CoC, a resistência a isso é grande. Não se deve remover créditos, porque a formação de excelência é justamente o que propomos no PPP.
Curricularização da Extensão
Existe uma norma do Conselho Nacional de Educação, de que atividades de extensão devem ser parte do currículo e contar créditos. Na USP esse processo demorou MUITO para começar (em parte por causa do Governo do Estado), e só recentemente a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária criou um “guia” para a Curricularização da Extensão na USP, isto é, como integrar atividades de extensão dentro dos cursos de graduação.
Deve haver um mínimo da carga horária total do curso em atividades de extensão (que são basicamente atividades de atendimento à comunidade). Isso pode incluir coisas como o estágio curricular obrigatório (aquele que temos no último ano), mas no máximo 30% do necessário pode vir do estágio. Existem algumas propostas de solução para esse impasse, mas ainda falta deliberação a respeito.
Introdução à Física Médica e outras disciplinas
As duas iterações iniciais da disciplina de Introdução à Física Médica sofreram com diversos problemas, e por isso a disciplina deve passar por uma reformulação já para os ingressantes do ano que vem. Juntamente com a troca de horário, a disciplina terá outro formato, sob responsabilidade de outro professor ou até mesmo da própria CoC. Em 2024, ela fará parte da grade no segundo semestre do curso, aproveitando a redução da carga de Cálculo II.
Também existe a perspectiva de uma potencial reforma no PPP do Bacharelado Regular, que supostamente traria de volta a disciplina de Introdução à Física, o que poderia ser alinhado com a Introdução à Física Médica, mas isso ainda é apenas uma ideia e deve ser discutido com a CoC-Bach e a CoC-Lic.
Relembrei que existe uma preocupação (da parte dos estudantes) com relação a qual professor será responsável por determinadas disciplinas, e a responsabilidade do docente com relação ao planejamento das aulas, método de avaliação e comunicação com os alunos precisa ser fundamental na determinação da carga didática, de forma a evitar que esses fatores sejam um problema no futuro, independentemente da capacidade acadêmica do docente.
Horário para o próximo semestre
O horário para o 5º semestre ainda não está definido, mas deve estar pronto até mês que vem. Teremos duas disciplinas na Med: Equipamentos Médico-Hospitalares I e Física do Diagnóstico por imagens I, que devem ser provavelmente na quarta e na sexta (isso ainda não foi definido). Terça e quinta ficarão para Física Matemática e Física do Corpo Humano. Para a T2, o horário será (provavelmente) o mesmo que a T1 teve este ano, com Estatística Médica na segunda-feira e Física III, Lab III e Cálculo III seguindo junto com o Bacharelado Regular. Ainda não há qualquer menção da carga didática para 2024/1.
Pautas da Greve
Todas as pautas da greve foram levadas à reunião, inclusive as que não estão sob a jurisdição da CoC. No geral elas foram bem acolhidas, e foi comentado que a “cutucada” da greve dá munição à CoC para tentar avançar nessas demandas (muitas delas são compatíveis com coisas que a CoC tem buscado, então nesse sentido existe um alinhamento entre estudantes e os docentes membros da comissão), incluindo aí a reformulação do Projeto Político Pedagógico (que é algo que já está sendo feito, e já existe inclusive uma reunião marcada entre os presidentes das 3 CoCs a respeito), a reformulação de Introdução à Física Médica, a participação do IFUSP no financiamento das bolsas de estágio, a demanda por mais concursos de docentes e vagas no diurno, além da participação mais ativa dos estudantes na definição da carga didática (que é, francamente, uma zona).
Participação discente na carga didática
Dentro da CoC, a abertura para participação dos estudantes na carga didática existe. Não são muitas disciplinas que a CoC pode realmente influenciar, devido ao tamanho do curso, mas, no mínimo, a participação dos estudantes através do RD será bem-vinda e levada em conta (não ficou claro quanto ao poder de veto). Infelizmente não sei até onde seria possível caminhar, através da CoC-FisMed, com relação a disciplinas que temos em comum com o Bacharelado Regular, pois isso depende de outros fatores (e nesse ponto me foi dado a entender que “os estudantes já têm participação através do RD”, mas enfim, isso é uma discussão mais pra CG que pra CoC).