O movimento grevista da USP se organizou de forma ampla democrática em todos os cursos da capital e diversos interiores com objetivos muito concretos: a falta de professores e técnicos, a necessidade de avanços na política de permanência e demandas de diversos cursos fizeram um movimento amplo que, se ampliou e se fortaleceu por toda universidade.

Nosso objetivo é, desde o início construir uma universidade mais acessível para todos estudantes da considerada melhor do Brasil e entendemos que a nossa mobilização vai ser o que arrancará nossa vitória.

Acreditamos, também, que nossa movimentação não é feita e nem serve apenas pela movimentação em si: é para garantir vitórias não só para os estudantes mas para a própria USP e seu futuro – queremos que a melhor do Brasil seja melhor para todos. Mas além da luta, isso precisa ser feito com diálogo. Desde o início nosso movimento democraticamente elegeu representantes via nosso comando de greve para dialogar com a reitoria e alcançar essas vitórias. Acreditamos que esse diálogo tem permitido encontrar importantes encaminhamentos, que tem dialogado com parte das demandas estudantis.

Por isso queremos afirmar que enquanto movimento, ao mesmo tempo que estamos durante todo processo a debater como encontrar saídas para os problema estruturais na universidade, sabemos não haverá saídas fechando o debate com os estudantes. Uma solução para contemplar as demandas estudantis e dos trabalhadores nunca será feita pela falta de diálogo, mas sim pela escuta e acolhimento das demandas estudantis. É necessário buscar de fato atuar sobre como resolver as demandas que nossos estudantes tem se mobilizado por. Nossa luta é por vitórias para os estudantes e pela USP, mas isso só será possível se o movimento tiver sua voz respeitada e que as pautas sejam recebidas, garantidas e consolidadas.